Do Ovo ao Vôo

Este vai ser o título do livro com fotografias feitas ao longo de quase dois meses, aqui em nossa casa. Marido descobriu, no dia 5 de janeiro, um ninho com três ovinhos azuis.

Com o passar dos dias, descobrimos que o ninho pertencia a um casal de sabiás, e passamos a acompanhar, tentando fotografá-los. Não conseguimos registrar a mãe chocando os ovinhos, pois ela tem uma estratégia: quando se aproxima algo que possa indicar perigo (outros animais e nós, no caso), ela voa, chamando à atenção para si, e assim protegendo seus filhotes ainda não nascidos.

Evitei ficar olhando (pela janela da cozinha) muitas vezes ao dia, com medo de que o tempo que ela passasse fora do ninho prejudicasse o nascimento dos filhotes. Mas, por sorte, consegui capturar o momento exato quando o primeiro ovo se partiu. Fotografei o ninho com três ovinhos, depois voltei a câmera para a mãe, que havia voado mas não se afastado muito, claro, permanecendo na tocaia. Em seguida me voltei para o ninho e percebi algo rosado. Bingo! O primeiro “peladinho” havia nascido!

A partir daí, foram emoções incriveis, vendo nascerem os outros (um a cada dia, em seguida), os bicões (me recuso a chamar de “biquinhos”) abertos, a mãe trazendo comida… coisa mais linda!

Postei algumas fotos no Facebook, mas não foram as melhores (e nem aqui, são!), que estão sendo guardadas para o livro, que vai contar com textos poéticos de Carla Ceres e Dinah Hoisel, além de textos meus, descrevendo a experiência.

Hoje, vinte e três dias depois da descoberta dos ovos,  estou na expectativa do vôo, pois eles já têm penas e asas suficientes, e o ninho está visivelmente pequeno.

Agora, a pergunta que não quer calar: Vocês comprariam meu livro?