Ainda sobre fotos do por-do-sol
Eu tenho um trauma. Não é trauma de infância, pois já foi na vida adulta. Estar num carro e ver o sol se por, seja à minha frente ou pelo retrovisor, me dava instantaneamente a vontade de parar para fazer uma foto. Mas mesmo que não fosse para fotografar, seria para olhar, desfrutar, mesmo. Mas nem sempre – ou quase nunca – isso era possível, pois não era eu que estava ao volante, especialmente em viagens mais longas, quando o sol se pondo indicava que chegaríamos ao nosso destino já à noite. Mas eu me perguntava: “já vai escurecer mesmo, por que não parar um pouco e aproveitar este presente que a natureza nos dá, enquanto estamos cansados e aproveitar para relaxar um pouco?”
Hoje li no Facebook um texto de Alessandro Martins, que me traduz completamente. Ele, e o seu bisavô Eduardo. Homem sábio, o “seu” Eduardo… que nem sabia dirigir!!!
Deixo o comecinho com vocês, e depois continuem a ler no FB de Alessandro:
Existem poucas coisas tão belas quanto um pôr-de-sol na estrada.
Nessas horas, abra as janelas, a do motorista, a do passageiro, tantas quantas houver no carro. Abra todas. Deixe que o vento entre e traga, como que da distante bola de fogo, o hálito da tarde.
Se eu fosse meu bisavô Eduardo, que diziam ser muito sábio, nessas horas – com o olhar voltado não para o sol, mas para as belíssimas nuvens rosadas – eu diria sussurrante que a brisa morna é um remédio, que cura o passado e nos alivia do peso do futuro, levando tudo para trás.
Com o olhar voltado para as nuvens: pois o sol é belo, mas o será ainda por milhões de anos. Muito mais tempo que a efêmera vida humana. A nuvem não. E ela lembra que, apesar de fugaz, nossa estada – se comparada à vida das estrelas, meros segundos – deve ser, também, bela.
Nesse momento, segure a mão da pessoa que estiver ao seu lado. Sinta que na pulsação dessa palma e dedos está ainda a primeira manifestação de quando sol, nuvem, árvores e tudo o mais que se vê em torno eram uma coisa só.
Talvez ainda sejam.
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Graças a Deus, tomei as rédas – o volante – da minha vida, e hoje paro a cada por-de-sol que Deus me permita olhar.
Paro, fotografo, e reparto com quem estiver comigo a beleza dessa hora. E não somente paro, mas corro atrás dele, ando quilômetros, de carro ou a pé, em busca do melhor lugar para olhar não somente o sol se deitando, mas especialmente o que é iluminado por aquela luz dourada e mágica!
Mesmo que não seja na estrada, mesmo que seja na minha cidade, no lugar onde passo todos os dias…
E ainda bem que o meu companheiro de vida também a enxerga da mesma forma!
Imagens lindíssimas , e como você mesmo disse "Desfrutar" , uma coisa da natureza , que foi Deus que fez , é tão perfeito , parece até que é tudo ilusão , tudo impossível ,e parar pra ver o por do sol , é uma coisa inexplicavel , muito lindo , perfeito , e hoje onde eu passo , que eu vejo eu paro pra olhar , e tento analisar o tamanho da perfeição que Deus traz pra perto dos nossos olhos. E só nos resta agradecer pelas maravilhas . Beijo Anabel.
ResponderExcluirGraças a Deus, a vida gira e nos devolve as belezas perdidas, quando podemos novamente "consertar" os ponteiros que se perderam durante a caminhada...
ResponderExcluirPor causa de uma pressa de chegar (nem sei ao certo aonde)deixamos de "sentir" intensamente o encanto dos caminhos, os aromas dos momentos, a doçura das companhias...
Bom poder "retomar o volante da vida", minha cara!!! Eu sei.
Meu cheiro suave como brisa morna vespertina, (para mim hora mais preciosa do dia), colorido com os mais belos matizes dourados e róseos que pudermos enxergar...